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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Saudade

“Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo o que você, provavelmente, está sentindo agora que acabou de ler...”

(Miguel Falabella)

domingo, 28 de novembro de 2010

"Então, minha querida Amélie, não tem ossos de vidro.
Pode suportar os baques da vida.
Se deixar passar essa chance, então,
com o tempo seu coração ficará tão
seco e quebradiço quanto meu esqueleto.
Então, vá em frente, pelo amor de Deus."
(Do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain")
"As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira."
(Fernando Pessoa)
"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser pertubador, é preciso que nossos anjos e demonios sejam despertados, e com eles sua raiva, orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um musculo, o que nao faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia."
(Martha Medeiros)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver."
Gabriel García Márquez

Você nasceu ser humano. E, se você nasceu como ser humano, tem que ser complexo. Tão complexo, tão complexo a ponto de ninguém te compreender.
 

(Go - Nick Farewell)
“Mantenham a mente aberta, assim como a capacidade de se preocupar com a humanidade e a consciência de fazer parte dela” (Dalai-Lama)
”Papai, eu estou morrendo”. Estas foram as últimas palavras do garoto Ibrahim de 9 anos, ao ser alvejado por tiros disparados por soldados israelitas.”Eles mataram meu filho a sangue frio”, disse o pai ainda em estado de choque. O pai continua: “primeiro eles nos atacaram e depois chegaram perto de nós. Ibrahim já estava morto então um dos soldados chegou perto do seu corpo, puxou-o pela perna e dando gargalhadas jogou-o para o alto, enquanto outro soldado atirava no corpo do meu menino. Parecia que eles estavam comemorando…As gargalhadas ficavam cada vez mais altas, enquanto eles carregavam o corpo para uma parte mais alta para começarem a festa deles”.
Por uma hora, o pai gritava enquanto os soldados israelenses competiam para ver que acertava a cabeça de seu menino.”Os israelitas mataram o meu filho, não uma ou duas vezes, mas mil vezes. O que meu filho fez para merecer isso?“Kamal Awaga, pai de Ibrahim, 9 anos, no hospital al Shifa de Gaza.

Até que ponto o mundo vai chegar?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Incomoda.

Incomoda essa galera se incomodando com gay. Vai se incomodar com ladrão, vai se incomodar com bandido, ou vai se incomodar com você mesmo, com seu tipo de atitude imbecil.
(Pc Siqueira)
Renato Russo: Alguém aí ja sofreu por um amor verdadeiro?
Publico: Já!
Renato Russo: Dúvido. Se fosse amor verdadeiro não faria ninguém sofrer.